quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Sequelas de um Amor Doentio

Madrugada, fumaça do vento,
A doce magoa traz tua imagem em pensamentos.
Quanta tormenta, quanto mistério;
Teus pés rodopiaram sob meus olhares conflitantes.
Alma corrupta, valores incrédulos,
Arde nas veias o veneno deste “amor cancerígeno”.
Tudo foi perdido, compostura, dignidade;
Restando no arauto da dor, o sangue infectado!
Oh, tão estúpida fui, seduzida por teu corpo flagelado,
Amantes convulsas, véu impuro, nudez inebriante,
Teus beijos, meus arquejos, tu fostes meu maior pecado.
Fostes a Medusa dos meus pesadelos,
Bailou galante como Afrodite dos meus sonhos!
Madrugada, fumaça do vento,
As paixões são fugazes, e, o amor não é tão fidedigno!
O meu Amor desfalece, mas não morre,
Ele é fervor extremo, filho da ave imortal;
Ele brota da rama escura, de letal cipreste,
Este amor é a cura do seu próprio mal.

                        (Natália Tamara)    

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