domingo, 23 de novembro de 2014

Marcas do Passado.

Odiar-te na intensidade deste louco amor,
Expulsar dos pensamentos teu sorriso nocivo.
Tentar encontrar neste veraneio algum vestígio de paz!
Mergulhar neste mar de sentimento,
E se deixar naufragar nesta tórrida sensação.

Assisto o por do sol, saudando o vento ao soprar as flores,
Sonho acordada com a imagem de Vênus,
Alguém que um dia quis só pra mim...
Sinto o perfume latente de tudo que passou,
Quem sabe lendas de uma estória sem fim!

(Natália Tamara)



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Não há Comparações!

De repente fui invadida por uma sensação nostálgica,
Lembranças do passado, sutil canção agonizante;
Preciso fugir de mim, destruir essa imagem singular,
Abrigar-me deste reflexo de momentos efusivos!

Ahh, sentimento insaciável, nenhuma razão o governa,
E tu não esta imune, este louco amor te invade, te consome;
Traço principal da tua tristeza profunda,
Do teu abraço frio em outros braços, desta tua dança sem fulgor.

Oculta tal desejo e encena teu teatro de vida perfeita,
Um gesto, um olhar, um suspiro, tua sentença...
Um pensamento indefinido basta para revelar teu segredo,
Recorda-te de mim, e não há como comparar o toque suave...

A sepultura do esquecimento esta aberta,
Quantas torturas o tal  Amor tem nos causado?
Quantos corpos te tocaram? Mas bem sei que meu ar sedutor,
A voz rouca ao ouvido te marcou, e não há ninguém que te toque melhor que “eu”.

(Natália Tamara)



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Sequelas de um Amor Doentio

Madrugada, fumaça do vento,
A doce magoa traz tua imagem em pensamentos.
Quanta tormenta, quanto mistério;
Teus pés rodopiaram sob meus olhares conflitantes.
Alma corrupta, valores incrédulos,
Arde nas veias o veneno deste “amor cancerígeno”.
Tudo foi perdido, compostura, dignidade;
Restando no arauto da dor, o sangue infectado!
Oh, tão estúpida fui, seduzida por teu corpo flagelado,
Amantes convulsas, véu impuro, nudez inebriante,
Teus beijos, meus arquejos, tu fostes meu maior pecado.
Fostes a Medusa dos meus pesadelos,
Bailou galante como Afrodite dos meus sonhos!
Madrugada, fumaça do vento,
As paixões são fugazes, e, o amor não é tão fidedigno!
O meu Amor desfalece, mas não morre,
Ele é fervor extremo, filho da ave imortal;
Ele brota da rama escura, de letal cipreste,
Este amor é a cura do seu próprio mal.

                        (Natália Tamara)    

Tango

Pernas, entrelaços, colapsos!
Mãos, corpos, fulgor,
Magia, dramaturgia, a maestria de flutuar,
O elegante requim de levitar!

Pernas, corpos, mãos,
Emoção, erupção, paixão!
Sensualidade, estopim de prazer!
A amada, o amado e o amante!


(Natália Tamara)