sábado, 13 de setembro de 2014

Ultimo Amor (Você)

Nessa torrente negra e dualista,
Que se chama vida,
Este espírito padece de mal de amor,
Uma nodoa de sangue, uma alma perdida!

O passado se foi... O passado continua...
O futuro nos traz de volta algumas cenas,
As lembranças doces, suaves, límpidas,
Lembranças negras, fáticas revoltas!

Sobrevivo imensos dias de sensibilidade,
Suportando o incêndio deste corpo febril.
Esperanças que morrem no encontro com a realidade,
Restando sonhos insanos e saudades!

Ébria de amor, o romantismo concede-me um beijo,
Meus lábios permanecem secos,
Sigo maldizendo o desbotar de um arquejo...
Suspirando lentamente à resvalar-me nos becos!

No delírio da ultima e real paixão,
Meu ultimo romance doentio e verdadeiro,
Fatalidade de amor, corroendo coração,
Meu tão querido e eterno desespero!

Entrego corpo e mente aos narcóticos,
Em total transe, nem mesmo ao dormir esqueço-te,
Preciso abrigar os enganos dos meus sonhos,
No olhar secreto desta minha dor!

(Natália Tamara)






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