quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Isa Cristina

Apenas vi, na noite, a lua brilhante,
Usurpando por mais que breve instante,
Meu olhar, minha débil atenção e intenção;
Ah! Morena, suspiro pela pele o desejo profundo...

Mas talvez (ai de mim!) cada sorriso para te!
A clareza do sol não é mais "pura",
Que encanto! Que esplendor! ...
Ah, senhorita Isa que formosura!

O vento não se mexe, nem respira;
Quando sopra de fronte tua imagem,
Ele se enamora, ele beija tua face,
E se perde no mistério de Cristina!!!?.

(Natália Tamara)







domingo, 14 de setembro de 2014

Minha Felicidade!

São belos os meus dias,
Canto felicidade sem fim.
Uma órfã de “amor”,
Desejos que consomem, sem respostas de sim!
Meu juramento é por todo sagrado,
Ergo os nobres pulsos,
Cedo ambos para as algemas da solidão,
Esperando minha condenação!
Que lindos são os meus dias,
Tenho vontade de me matar,
Sorrir dos pesares e chorar das alegrias!
Meu silêncio que tudo diz...
Que mais a vida pode me dar?
Tenho vontade de me matar, sou tão feliz!


(Natália Tamara)


sábado, 13 de setembro de 2014

Ultimo Amor (Você)

Nessa torrente negra e dualista,
Que se chama vida,
Este espírito padece de mal de amor,
Uma nodoa de sangue, uma alma perdida!

O passado se foi... O passado continua...
O futuro nos traz de volta algumas cenas,
As lembranças doces, suaves, límpidas,
Lembranças negras, fáticas revoltas!

Sobrevivo imensos dias de sensibilidade,
Suportando o incêndio deste corpo febril.
Esperanças que morrem no encontro com a realidade,
Restando sonhos insanos e saudades!

Ébria de amor, o romantismo concede-me um beijo,
Meus lábios permanecem secos,
Sigo maldizendo o desbotar de um arquejo...
Suspirando lentamente à resvalar-me nos becos!

No delírio da ultima e real paixão,
Meu ultimo romance doentio e verdadeiro,
Fatalidade de amor, corroendo coração,
Meu tão querido e eterno desespero!

Entrego corpo e mente aos narcóticos,
Em total transe, nem mesmo ao dormir esqueço-te,
Preciso abrigar os enganos dos meus sonhos,
No olhar secreto desta minha dor!

(Natália Tamara)






quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Fatais Memórias!

Na acesa fantasia dos sonhos meus,
Recebo-te em um gole de vinho tinto,
Fantasma das minhas noites sedentas,
Desejo iluso e vão! Por que não vens?

Chuva de encanto que penetrou em mim,
Tu vieste como uma cotovia em seu canto maior,
E eu acalentei teu corpo, amando tua alma,
Bailei nos teus braços e o dia adormeceu em nós...

Os lustres da realidade se acenderam intensamente,
Então Eurídice partiu para o vale desconhecido,
E os dias ficaram sombrios, tristes, dias melancólicos,
Onde Orfeu refugiava-se em suas liras para exauri sua dor!

 Ó fatal tempestade! Refulgente visão. És tu minha Eurídice?
És tu amada minha? Então diga-me que estais bem...
Pois teu “contento” é o meu, tu és o reflexo das minhas liras,
A musa que encantou meus pensamentos, eu teu eterno Orfeu!...

(Natália Tamara)



Batom Vermelho!

Saturar a alma de desejos vulcânicos,
Com a ondulação dos teus quadris.
Desviar o tal olhar toda vez que tu passar.
Morrer paralisada no êxtase do teu corpo,
Teu corpo que foi é de tantos outros...

O tempo, o espaço a matilha de gente,
Eu, sem tempo, sem espaço e sem crença
Andarilha de caminhos estreitos.
Namorada do abandono e dos braços vazios,
Por muitas vezes visto-me de embriaguez para aliviar.

O papel, a caneta o cérebro em convulsão,
Eu! O vinho aberto, a bíblia fechada, a tua religião...
Perdi-me no teu andar erótico, minha própria indignação!
Hoje bebo cálices de ópio, respiro fumaça de óleo dizio,
Cavalgo em cavalo sem cela, pinto tua foto, mas não tenho tela!


Natália Tamara.



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Coração

Coração, servo meu que andas perdido,
Espalhando versos por tantos caminhos...
Coração sentimental que anda desiludido,
Seguindo esta estrada, mesclado em carinhos...

Foste muito além do amor! Órgão tão sofredor;
Neste infinito sonho mais que incerto,
Vou naufragando pelos mares de dor,
Andarilho feroz de conhecido deserto!

Amar é a lei da tua vida! Sem razão sempre repita,
Porém sigo sozinha entre vales e montes,
Um guerreiro solitário desta escrita!

Coração absorve o calor voraz da brisa,
Contempla esta noite tão bonita...
E permanece vivo, nesta alma tão iludida!

(Natália Tamara)



terça-feira, 9 de setembro de 2014

Á Uma Jovem Poetisa!

Dai-me um balsamo de teu olhar
Assim te darei mais que minha própria vida,
Revela-me todo teu segredo,
Pois assim quebrai o gelo do meu coração.
Vai diz que o dia é frio e cinzento
E eu te direi que tu és a cor do dia,
Sim vem velar-me, pois serei
Plenitude sem fim...
Pudera eu então submergir
Das falérmas e das chagas profundas do adeus,
Para que assim tudo possa se resumir
Em um poema único e belo..
Que tua alma de jovem poeta
Possa se completar sem mim
Mas sempre junto a mim..
Porque a escrita nos uniu e
Mesmo que a vida possa nos afastar...
O que escrito estiver, jamais se apagara,
Porque minha escrita é tua, e embora os versos
Sejam meus, foi tu anjo lindo que me concedeu!!!

(Natália Tamara)








Eu Te Amo!

A noite é fria, como um orvalho,
 que cai pela madrugada, banhando o mato e o solo bruto...
 O mar é largo... Profundo... Como tua imensidão.
 A música soa como um analgésico da alma,
 e a poesia emana de um coração sentimental.
 O céu é infinito assim como o amor de um poeta...
O poeta é palavras, sentimentos...
 Que importa as dores do corpo,
 se o espírito vagueia entre cetins de indiferença ou não amor...
 O que importa não ser amada,
 se meu amor é capaz de banhar o oceano com lágrimas de sangue...
 e mesmo assim continuo a amar....
O que importa jamais ter te visto,
 se minha alma te encontrou e dançou contigo toda uma eterna noite...
 O que importa teu amor não amado, se quem te lanças ao infinito sou eu...
 Não há como parar! É inútil dizer não se o coração só diz que sim...
E o que importa teu não,
 se do teu não faço outra poesia outra canção,
 e não paro de te amar...
O que importa a distância,
 se posso pintar aquarelas de versos até te encontrar...
 E nesse encontro por mim tão sonhado, desejado;
 possa eu pintar uma aquarela dos teus beijos dos teus abraços,
 e infinitamente contemplar a imensidão do teu olhar...


*P.S Eu Te Amo.....

(Natália Tamara)


Os Frutos!

A flor, o espinho,
Um amor? Não, veraneios...
O tempo, um corpo ao relento,
A morte, e o sabor do não chegar!
O sorriso escondido,
As lagrimas que borbulham,
Não existe saudade,
Lembranças queimam,
Egoísta aquele senhor cronológico,
O vento sopra em desatino,

E o olhar perde-se em denso nevoeiro!

( Natália Tamara)



sábado, 6 de setembro de 2014

Confissão Intima

Eu não tenho vergonha de anunciar que sou uma solteirona inveterada, por não encontrar alguém que caiba no meu romantismo insensato e totalmente efusivo. Não tenho receio em postular que não sei falar sobre sexo explicito, que meu sorriso é tímido, que talvez eu nem saiba sorrir diante um olhar vulgar; mas também não me sinto envergonhada em dizer que fico totalmente em êxtase com um sorriso sedutor e puro, que o libido das almas cristalinas me aquecem, me "excitam", que as virgens merecem todo amor e devoção, eu tenho orgulho em dizer que meu maior estado latente de gozo é dançar, abraçar e beija numa chuva de verão, de primavera, de outono e mesmo numa chuva fria de inverno.
Eu confesso que dizer a palavra TE AMO é difícil, dói, é um peso imensurável, por que palavrear isso pra mim é celestialmente verdadeiro e totalmente incorrigível. E não pense que diante disso não amo, ouso dizer que amo muito, mas muito mais do que meu silencio pode calar, do que meus surtos podem machucar, e do que o mundo pode verbalizar.
Tenho vagado muitos anos entre meu mundo e esse mundo fugaz em que vivo, tenho suportado ser chamada de estranha, diferente, e quer saber muitas vezes tomava e tomo isso como um elogio. Tenho por vezes me confessado com as estrelas, elas sabem meu grande amor pela senhorita Lua, ahh como eu a amo, embora eu saiba que ela ame o Sol, que os dois quase nunca se encontram, porém se amam; então eu abro um vinho, coloco uma bela canção e brindo ao nosso amor...
Eu sou uma lunática, uma eterna embriagada pelo lirismo ilimitado, uma louca fascinada pela simples elegância de amar, de conquistar dia após dia, data após data, algumas vezes penso ser uma fabula, uma humana utópica, cuja utopia de vida vai levar-me ao suicídio.
Mas diante do que sou, do que penso, fui vencida, o "destino" me pregou uma peça e desdenhou de mim, a senhora realidade me venceu e hoje no pergaminho da vida postulo que amo um anjo falso, cujos passos não tem paradeiro fixo, cuja sua instabilidade é maior que a minha, assino a punho e faticamente que o anjo de asas tortas me rendeu á seus pés e me deixou localmente em conflito comigo mesma.
E hoje confesso não só as estrelas, mas sim ao céu infinito que sou uma apaixonada pela Vênus errada, que a Afrodite dos meus sonhos auto se modificou...

(NatáliaTamara)


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

“Exílio de Sentimento”

Por assim ser meretriz,
Zombar do triste cantar infeliz
De um homem crédulo e perene
No seu ato benévolo de amar!
Por assim ser  fada malvada,
Quis matar e morrer,
Neste seu olhar viril e astuto,
Nesta fome de desejo, neste carnal amor,
Neste enfermo sentimento imaculado!
Um epilético e pervertido  jovem,
Cinismo ao silabar um sorriso juvenil,
Um romancista encorajado a morrer por amor...
Por assim ser madrasta do meu viver,
Que gozo aos sentimentos de outras,
Pois condenado fui ao teu vulto amado,
Que em desvelos prejulgo amar aquelas,
E destas outras, quero a noite, o prazer,
E nada mais. E isso ainda é muito!

Natália Tamara





segunda-feira, 1 de setembro de 2014

“Luz Celestial”

E no silencio astral da imensidade,
Surge no espaço, uma miragem,
Bela entre as mais belas!
Visão voluptuosa e transcendental,
Astro de luz inebriante,
Estrela límpida, noite nebulosa!
Chama ofuscante, espasmos noturnos,
Esfera imortal, destas minhas ilhas imaginaria,
Sonho secreto e fascinante,
Esquecido no vale da esperança,
Despe-se minha dor, corrosiva e purificante!


Natália Tamara