segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Eu, Tão somente Eu!

    Então em bruto silêncio,
Eu cobria o rosto com as mãos,
Procurando encontrar algum bordão,
Buscando a terra solida e dura.
Os gemidos do silêncio eram estridentes!
Eles procuravam por socorro dentro de mim.
Mas sentindo a postura subta e quieta,
Entendia o estado de clamor de um espírito perdido!
Certas vezes me ocorria, que era meramente,
Um exercício de paciência para comigo mesma.
Onde eu recorria ao escuro à procura,
Da serena lucidez da alma.
A Pagina nobre e ancestral de todos nós!
Mas na corrente do meu transe,
Era indefinível entender essa dor,
E avalia-la diante o respeito a letra do livro antigo.
Eu tinha que gritar que minha loucura,
Era mais sabia que a sabedoria de Atena!
Que a minha enfermidade,
Era maior que toda rotatividade da Gaia!
Que os meus remédios,
Jamais foram escritos nos compêndios,
Mas que existe uma outra medicina, a minha!
E que fora de mim, eu não reconhecia,
Qualquer outra ciência,
E que tudo era só uma questão de perspectiva,
E o que valia era o meu, só o meu ponto de vista.
E que era um requinte de saciados,
Testar a virtude da paciência com a fome de terceiros.
E dizer tudo isso num acesso verbal,
Onde posso ir de encontro a mim, e quem sabe a te,
Debatendo-me na solitude de um forasteiro,
Cujo seu modo de amar tem sido,
Uma poderosa faca de dois gumes.
Eu, um centauro místico e indomado,
Cavalgando entre urano e tártaro,
Amassando com minhas patas sagitárias,
As leis onipotentes de Zeus.

(Natália Tamara)





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