segunda-feira, 12 de maio de 2014

Soneto

Águas do vale encantado banham meu corpo,
Encharca minha alma, afoga minha mente;
Navegando sem direção, naufrago na tua ausência,
Sigo portando o estandarte da louca ilusão!

Águas que banham meu triste rosto,
Inundam minha caminhada de intensa paixão;
Cachoeira grandiosa, nascente dos meus olhos,
Inundação da minha extensa solidão!

Blasfemo por ter sido corrompida por este sentimento,
Sei “eu”, que tu feriste com mão certeira este ávido coração,
Ah... Eu sei! Que tu foste alimento de uma louca atração!

Olha – me! Este teu olhar sereno e límpido,
Quebra a geleira que cobre o órgão do amor,
Por te minha desvalida alma, vivi submissa!

(Natália Tamara)





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