sexta-feira, 16 de maio de 2014

Anjo!

Anjo, corpo inatingível, sonho alado,
O teu riso é feiticeiro, infelizes os teus deuses.
Tu, que és mais santa do que as santas todas,
Meiga criança, melodia de um amor sacrossanto!

Anjo és tu que dominas meu pensamento,
Que plena, me invade e me extasia...
No desbotar da minha existência por te atormentada,
Até minha língua, chegando ao fim da tua orgia!

Anjo! Cantarei, porque sei que te amo,
Aqui no peito, meu risonho coração plange...
Escancarando a boca ampla e vadia,
Esperando teu beijo de louca nostalgia!

Anjo, esta amizade, não por mau, transformou-se em amor,
E essa aventura neste chão tristonho ecoa...
Aos teus pés suplico perdão, para à culpa sem culpa,
Do rugir do prazer, da ânsia da plasmática paixão!

Anjo; corri a galopar pela treva infinita,
Eu fui, no noturno mistério, a fantasia maldita,
Não olhava ao redor, nosso enredo proibido,
Sempre ia a desejar perfurar teu corpo, meu ridículo divinal sonho!

(Natália Tamara)




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