terça-feira, 29 de abril de 2014

Vedetes!?

   Putas de sorriso parvo,
Mulheres no cio ordinário do vocabulário!
Vagabundas banhadas com vários suores...
Mulheres vagas de ideais!
Fina estampa rasgada com moleques fétidos.
Fumaça de cigarros, bocas de bueiros!
Mulheres mundanas, feitas de prazer por prazer sexual!
Avalistas de uma estação de metro falida!
Bebes conhaque, vomita vodka barata!!
O que queres de fato estas tristes alegres pessoas?
Essas mulheres que se banham com êxtase de submissão?
Vadias das torrentes amorais, frigidas e letais!!
Não bebes vinho, não se arrepiam com um poema bem declamado,
Um verso bem ritmado ao pé do ouvido!
Não degustam um Dray Martiny,
Não desfrutam de nostálgicas noites de paixão,
Vão apenas de boca... Vão apenas sem roupa, sem volúpia,
Vão muitas vezes sem Tesão!

(Natália Tamara)









Tão Natural!?

A travessia; mar que despreza calmaria,
A maestria desafinada dos passos,
A continência mal batida!
O suposto descrito em preposições fora de lugar.
Lacunas abertas, feridas não curadas,
Frações mal resolvidas, adjetivos mal colocados!
O infinito corado com duvidas de ser...
O abismo pintado com paixões fugaz!
O titulo de Boêmia moldado na parede do ego insensato,
Um brinde as dores, aos sabores, e, até mesmo,
Aos dissabores da incógnita vida.
As crises de pânico, os picos polaroidicos,
Minhas caras e bocas,
As bocas que por mim passaram,
Algumas nem sei bem se devias ter beijado!
As faces ultrajadas, olhares transparentes,
Olhares camuflados e certa audácia em provar
Os sabores heterogêneos de desconhecido paladar!
Embriaguez magnetizante de um corpo alucinante,
Que deixou seu gosto de vinho frisante,
E seu cheiro aromatizante de homogêneo sabor!


(Natália Tamara)




“Anseios”

Semente mal plantada este meu ser,
Caminhando, a pulsar com o peito angustiado;
Eis uma alma penada, triste e sombria,
Traçando um destino tão negro e perdido!

E nesta mácula de torturosos sentimentos,
Hei de magnetizar ruínas amorosas...
Mergulhando em prazeres de tais momentos,
Afogando meu olhar em lindos desencantos!

Tão profundo o fogo do meu peito,
Intenso arquejo, num pecar de pensamentos,
Num tímido suspiro, levo-te para meu leito!

E ambas unidas em um misterioso beijo,
Num rápido e vão momento! Estremeço!
Volto dos meus devaneios, queimando de desejos!


Natália Tamara


Nada Fertilizei & Tudo Beberei!

Taça de vinho, mil vozes, lira do vento,
Resumo todo meu amor, em neve sem renas
Cadenciando soluços em blasfêmia do momento,
Cólera que berra pelas selvas serenas...

Peito humano, que esbraveja em prece feroz,
Derrama-se, á rugir, tem queixas do amor,
Entre uivos dos cães, turbada a cantar,
Em forma de uma lira, em tão complexo rumor!

Em farrapos, ensanguentado, sem rumo,
Tenho miséria emocional, sede, cálice seco!
Marchando num deserto, á ranger os dentes...

Amargurada, cada gota de fel recebo,
Um suplicio tamanho é teu nome,
Pelos homens como Sócrates, essa taça bebo!


Natália Tamara



Maldito Amor!

Amarga saliva, engolida a seco,
Que angustia extravasa minha alma,
Que dor maldita, dor infinita,
Dor inimiga que invade meu coração.

Minha boca, boca inútil para teu beijo,
Minhas mãos, mãos inúteis para teu corpo,
Meus lábios, tão inúteis para receber os teus,
Minha vida querendo prender-te a tua.

Amarga saliva, cuspida ao chão,
Lançada á estrada para aliviar a raiva,
Para aliviar essa minha dor!...

Que amor doentio, esse, que não fora por mim escolhido,
Talvez uma maldição, uma chama ardente,
Uma vida, uma alma, de tantos pesares sofrida!

Natália Tamara




terça-feira, 15 de abril de 2014

S.C.A

No abismo tragador da humanidade,
Dela, não só ela, e tudo mais que existe,
Com a mesma rapidez que veio partistes,
Ah quem a vistes? Lira do meu coração!

Amada! Tochas brutais nos feriu,
Eu explodi florescente, larvas de um ódio incomum.
Meu mal dorme, repousa embriagado,
E tua face vai longe, circula a minha volta, voa alto...

Orvalho caia do céu piedoso, traga alivio,
Pois este sentimento, não se ausenta de mim;
Sentindo o coração por ti renegado,
No fundo, no nosso intimo, sei bem que não foi assim!

Esta brisa de saudade que inflama os pensamentos,
Tem nome, tem loucura, modéstia e quiças ventura;
Sim! Tem encanto, singeleza, e muito mais que formosura,
É a Dama dessa minha liturgia, e a melhor musa da minha grafia!

(Natália Tamara)





sábado, 5 de abril de 2014

Amor & Sexo

O desejo continua; o latente desejo fervido e sem pudor,
O vicio das mãos, a boca sedenta que tanto almeja tê-los em seu paladar!
A degustação ofegante de um prazer exorbitante...
Os beijos sucessivos e os gemidos contínuos de corpos emotivos,
Olhos furtivos de almas que se querem bem, que se tem e não tem!

Quero-te, sem limite, dama dos pensamentos, rainha da cama,
Dou-me por inteiro neste mar de sedução, neste martírio sacrossanto.
Sugar teu néctar, senhorita do amor profundo, menina mulher!
Constelação flamejada de suspiros arquejantes, toques vibrantes,
Amar-te numa mística comunhão de dor e adoração, Oh sexo, oh pecado!

(Natália Tamara)


Dor!



Anseia e se move dentro de mim,
como uma larva raivosa e cruel.
Sinto ciúmes das tuas palavras,
Que decora minha "vida enferma".
Dor! Consome esta alma desvalida,
e norteia esse coração fluvial.
Dor! Não foi por te, foi por mim,
Não foi, nem é por ela, tão pouco por nós!
Dor, que não seja ardor, apenas odor passageiro,
E por certo sei que vais passar...
Dor pelo desprazer de "te dividir" com um inimigo!
Pois bem, que teus versos rasguem o espírito,
e talhem a carne, por que versos iguais aos teus merecem
singeleza, nostalgia, e elegância em ser simples,
que tomem para sim apenas indivíduos assim!
Dor! Mestre, encanto, não desencantou...
E que teu menestrel seja maior...

(Natália Tamara)



Prelúdio

Proclamar a Liberdade de agruras infindas,
Vadiar nsa campos Isolados fazer serviços retalhado,
Sobrevoar o imensurável Céu anil,
E pousar na Turva Escuridão de UMA Ausencia Sem Fim.
Espírito infindo, Coração nobre, místico serviços incomum;
Um leve e Solitário adeus, um Prisioneiro, eu, Refém de mim!

(Natália Tamara)


Ultimo Amor!

Nessa torrente negra,
Que se chama vida,
Padeço de mal de amor;
Uma nodoa de sangue, uma alma perdida!

O passado se foi...
O futuro nos traz o mesmo de volta,
As lembranças doces, suaves, límpidas,
As lembranças negras, as revoltas!

Mizerrissimos dias de sensibilidade,
Á suportar o incêndio deste corpo febril
Esperanças que morrem, no encontro com a realidade,
Restando sonhos insanos e saudades!

Ébria de amor, o romantismo concede-me um beijo,
Meus lábios permanecem secos,
Sigo maldizendo o desbotar de um arquejo...
Suspiro lentamente, a resvalar-me nos becos!

No delírio da ultima e real paixão,
Meu ultimo romance verdadeiro
Fatalidade de amor no coração,
Meu querido e eterno desespero!

Afogo corpo e mente em narcóticos,
Nem ao dormir esqueço esse amor
Preciso abrigar os enganos dos meus sonhos,
No olhar secreto desta minha dor!...


Natália Tamara