domingo, 17 de novembro de 2013

II



- Eis-me aqui novamente, nobre amigo fiel, não mais, tão pouco menos confusa, e de fato mais uma vez atordoada com a complexidade da vida, que muitas vezes é julgada tão simples e tenho o maldito dom de complicar. Quantos passos dados em busca de amor. Mas o que seria o amor? Pois bem, chego a conclusão que este é sem duvida um sentimento efêmero, que se traduz em suas mais desconcertantes e variáveis formas de ser, de se vê, e por certo de se viver; contudo posso afirma-lhes que nem sempre mostramos o que realmente sentimos, e o mais absurdo podemos nos tornar o avesso de nós, ou não o avesso e sim a contradição.
Os atos de impulsos neuróticos podem dissipar nosso bom caráter e nos fazer um trapiche mesclado de conturbações que se alteram hora internamente, hora escandalosamente. Caro amigo os pensamentos estão em crise, sinto-me uma epilética no auge cruciante de ataques tenebrosos que geram dor, remorso e desespero.
Despeço de te, como um condenado, assumindo a culpa, a máxima culpa.

(Natália Tamara)





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