segunda-feira, 15 de abril de 2013

Amor Recíproco Infeliz II


Como passos que vão pra a forca, ou cabeça para guilhotina,
Uma vida evaporando em cada respirar, o sangue esfriando em cada olhar.
Tenho sede, mas dessa água não posso mais beber!
Misericórdia desta alma volúvel e nômade, misericórdia Senhor,
Sacrilégio, sacrifício, a dama dos meus sonhos é Mulher...

Lutei, relutei, revoltei-me.  Esse amor, essa desventura, essa desilusão,
Fina canção de um trovador saturado da nostalgia fúnebre e plangente.
Hoje sou mais um discípulo do clamor, do ardor, um condenado por querer demais...
Como passos que vagueiam sem rumo, enlutados com o fim sem fim,
Uma vida sem vida, arfando, respirando; um sax calado emudecido e nada mais!

Um andarilho sem rumo certo, uma lunática graduada nas proposições pessoais,
Rendida estou à sorte tirana. Em prosa e verso faço meu louco viver.
Frágil coração, para que adoras, se não tem ventura?
Oh! Harpa que exalas melodia de um afável e turbulento amor,
Vibra clamante e acalma este coração latente e torturante, vibra em ternura e loucura!



Natália Tamara


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