sexta-feira, 2 de novembro de 2012

SONETO


Noite! Desce sua imensidade e com ela seus mistérios,
Pensava! E em que pensavas não me perguntes!
Pois meu coração irrecuperável, destruído;
És como um rouxinol que perdeu seu cantar embriagador!

Noite... Quisera eu descrever a beleza de tais olhos,
Mas nasci apenas para admirá-los...
Quisera eu descrever tais lábios, oh... Inesquecível noite,
Mas vivo apenas para desejá-los...

Oh... Certa voz é mais profunda e suave,
Que expulsaria os rouxinóis do jardim antes que cantasse,
E meu amor é corrosivo, como a doença e a sua cura juntas!

As estrelas ficam humilhadas com o brilho do seu rosto,
Quem és tu, que baila nesta noite e vens surpreender o meu segredo?
Já não sei quem sou então o véu desta mesma noite sepulta meu “ser”.

Natália Tamara



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