segunda-feira, 15 de outubro de 2012

“Crônica Indagação da Mente”



Vozes mutiladas, agudas e sorrateiras,
Entre faces, misturando-se a verdades e mentiras,
Fui lama, fui bares, fui sua realidade nas camas!
E toda resolução do errado deu-se em acontecimento,
E fui diabo, réu, culpada, fui cristo na cruz!

O home aranha arranhou o céu da própria vivencia,
Como pode amores e sentimentos nascer e morrer tão rápido;
Como pude ser tão feliz na ingenuidade do interesse!
Patriota de uma pátria em guerra, que se volto contra mim,
Tal qual me remeteu ao exílio da esperança do acreditar.

Vozes falaram sem saber, falsidades explodiam em feroz alarde,
E a santa que não era santa, se postulava ao trono;
Sem conduta, sem moral, e precedida de um coral de inverdades!
O vento sopra; a capital se faz minha realidade, estou a viver;
Renascendo das cinzas, ressurgindo da tempestade, Fênix bipolar!

Natália Tamara     





    

terça-feira, 9 de outubro de 2012

V.angela


Ó fatal engano, deveras efeito do pecado,
Por ousadia, sonhei que era feliz!
Mas de fato alimentei a serpente que se pôs contra mim.
Não resistir a tentações, e entre apelos sentimentais,
Permitir o corpo humano deleita-se, e o espírito coroar-se de prazer!

Hoje não sei quem me abraçou, quem correu perigo,
Não reconheço o ser que dormiu ao meu lado,
E por ressalva ligava-me todas as manhãs!
Ah! Quem és? lhe pergunto com a alma arrepiada,
Mereces o meu ódio, ou o meu culto?

Manchei minha personalidade, com nódoas do ridículo,
No momento que Vangela despia-se da sua fantasia lesbiana;
Quando a luz da sua liberdade apontou, já não era necessário
Fantasiar amor e atenção... Dar-se então Santidade a criança!
E deixa-lhe a cinza em paz Fatal Amor...

Natália Tamara         




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"Destino cruel!"


Permita-me contemplar o teu olhar infinito,
A noite brilha pura e branca, tão branca quanto minha solidão.
Tudo que posso dizer-lhe nesta noite é silencio,
Minha voz treme e estremece com o esplendor da tua imagem.

Trago na alma incêndios eterno de amores vorazes,
Que por toda parte lavra evidente e oculto esse fogo...
Sinto o furacão varrendo as ruas da minha nostalgia,
E ouço teu divino canto arrebatador!

Singularizo melodia, ardor e pureza neste boêmio coração,
Aos amigos oferto sorriso e a mais tradicional atenção...
Os amores se os tive, deixo o mais inocente afeto!

Permita-me ser gentil com seus lábios e mãos,
Perdoe minhas mãos tremulas e nervosas ao encontrar as tuas;
Diga-me como poderei te esquecer? Como poderei parar de te amar?...


          Natália Tamara