quarta-feira, 18 de julho de 2012

I


Como o sangue que esfria sem explicação,
O sonho mais intimo exposto ao sarcasmo
Das ilusões perdidas!
A solidão me beija incessantemente,
Deixando-me sem versos, quem sabe sem “coração”.

Gostaria de rasgar o peito e partir o crânio,
Ao suportar esta melancolia tirana,
Que chega a consumir com volúpia,
Toda esta vida que agora é tão banal!

Adeus! Vou dar um fim nisto,
Não foi de todo um engano, talvez não houvesse engano.
Beberei então o cálice da morte,
Para aniquilar de vez este corpo emblemático,
E dissipar toda dor e angustia deste ofegante coração!

Natália Tamara                         (Obra: Diário de Um Suicida) 



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