sexta-feira, 28 de outubro de 2011

SONETO

Noite! Perco-me no infinito de tua amplidão,
Com o coração cheio de gérmen e de vícios.
Estrela! Navego a deriva deste brilho ofuscante,
A noite vai cada vez mais alta e menos sombria!

Lua! Sempre moça, nua e bela; fascinante,
Peregrina no céu em sua virgindade eterna!
Ébria! Sigo sedenta, embriagada de filosofia,
Bebendo taças e taças do amor insolúvel...

O outono desfolha as árvores, os frutos acenam,
Eis que o amor desfolha o coração, aflorando os sentimentos,
Então desta árvore brotam o calor, a febre e a convulsão!

O calor invade o peito, á febre emana dos lábios,
E a convulsão exala amor de forma puríssima;
Onde o outono se desfaz das folhas, inspiradas pela natureza, ardentemente!...





Natália Tamara  

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