sexta-feira, 22 de julho de 2011

SONETO

Como não pensar, se os pensamentos emanam do coração,
O que falar se as palavras dizem quase nada!!
Como esquecer se a razão se rendeu aos caprichos da emoção,
E tanto faz calar ou não, o olhar se entrega sem respaldo.

Meu amor é uma loucura, minha vida desesperança,
Morro ao som secreto de uma harmonia de dor,
Para tanta angustia uma vida é pouca! Mas não á quero toda,
Dentro do meu peito rugi o trovão voraz da prisão!

Oh! A esperança és para mim como uma parasita,
Que morde e despedaça o coração em total convulsão;
Vivo a morbidez dos seres ilusórios... Assim como eu...

Ah! Minha agonia de poeta não cessa!! É incurável...
Borbulha neste venoso sangue amor sem fim,
E minha existência é o caleidoscópio da ilusão!!


Natália Tamara             


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